Exames de sono: Conheça as duas principais opções

Alexandre Nakasato • February 4, 2025

Distúrbios do sono afetam milhões de pessoas em todo o mundo e podem comprometer seriamente a saúde e o bem-estar. Para um diagnóstico preciso e eficaz, o uso de exames de sono é essencial. Estes exames são projetados para monitorar e analisar padrões de sono, identificar condições como apneia do sono, insônia, e síndrome das pernas inquietas, além de guiar o tratamento adequado. 


Neste artigo, exploramos as
duas principais opções de exames de sono disponíveis atualmente e como cada uma delas pode ajudar no diagnóstico de distúrbios. Continue lendo para descobrir qual exame pode ser mais adequado para sua necessidade.


Polissonografia


A polissonografia é amplamente reconhecida como
o método mais preciso para identificar e avaliar diversos distúrbios do sono. Realizado em ambiente controlado, como clínicas e hospitais, o exame oferece uma visão abrangente das funções do corpo durante o sono, garantindo diagnósticos detalhados.


Como a polissonografia funciona?


Durante o exame, são
monitorados múltiplos parâmetros fisiológicos ao longo da noite, fornecendo uma análise completa da atividade corporal. Entre os principais dados avaliados estão:


  • Atividade cerebral (eletroencefalograma)
  • Movimentos oculares (eletro-oculograma)
  • Frequência cardíaca (eletrocardiograma)
  • Fluxo respiratório e saturação de oxigênio
  • Movimentos musculares e posição corporal


O ambiente controlado de clínicas e hospitais é fundamental para garantir a precisão dos resultados, permitindo que o paciente durma em condições ideais para o monitoramento.


Indicações para a polissonografia


A polissonografia é indicada quando há suspeita de diversos distúrbios do sono, sendo especialmente útil nos seguintes casos:


  • Apneia obstrutiva do sono: Avalia a frequência e gravidade das pausas respiratórias.
  • Narcolepsia: Diagnóstica episódios súbitos de sono e sonolência diurna excessiva.
  • Distúrbios de movimento relacionados ao sono: Como a síndrome das pernas inquietas.


Com os dados obtidos,
o especialista pode definir o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) para manter as vias respiratórias abertas, além de orientar mudanças no estilo de vida para melhorar a qualidade do sono.


Polissonografia domiciliar


Para quem busca uma abordagem mais prática, a
polissonografia domiciliar oferece a possibilidade de realizar o exame no conforto de casa. Utilizando equipamentos portáteis e de fácil manuseio, o exame registra os principais parâmetros respiratórios durante o sono, garantindo praticidade sem comprometer a eficácia do diagnóstico.


Como funciona a polissonografia domiciliar?


Neste formato, o paciente recebe um dispositivo leve e intuitivo, acompanhado de orientações detalhadas para o uso correto durante a noite. Ao contrário da versão realizada em laboratório, o foco da polissonografia domiciliar está em monitorar:


  • Fluxo respiratório
  • Nível de oxigênio no sangue
  • Movimentos torácicos e abdominais


Esses parâmetros fornecem informações importantes para
avaliar distúrbios respiratórios, especialmente apneia do sono, em um ambiente mais familiar e natural.


Indicações para a polissonografia domiciliar


A polissonografia domiciliar é recomendada em situações específicas, como:


Apneia do sono leve a moderada:
Avalia a frequência e impacto das pausas respiratórias.


Preferência por exames domiciliares:
Ideal para pacientes que desejam evitar deslocamentos até o laboratório.


Monitoramento em ambiente natural:
Indicado para quem precisa de uma análise do sono em condições habituais.


Embora prática e menos invasiva, a polissonografia domiciliar pode ter limitações em comparação à realizada em laboratório, já que
não registra todos os parâmetros neurológicos e fisiológicos. Em casos mais complexos, pode ser necessário complementar o diagnóstico com exames adicionais.


Benefícios dos exames de sono


Os exames de sono, tanto realizados em laboratório quanto em casa, desempenham um papel essencial na identificação e manejo adequado dos distúrbios do sono. Suas vantagens vão além do diagnóstico inicial, oferecendo suporte contínuo ao longo do tratamento.


Precisão no diagnóstico


Esses exames fornecem uma
análise abrangente dos padrões e da qualidade do sono, permitindo a detecção de condições que podem não ser evidentes em consultas clínicas. Informações como pausas respiratórias, estágios do sono e alterações neurológicas são fundamentais para identificar distúrbios como apneia e insônia.


Orientação terapêutica


Com base nos resultados obtidos, é possível definir abordagens personalizadas de tratamento, incluindo o uso de
CPAP, terapia cognitivo-comportamental ou, quando necessário, intervenções cirúrgicas. Essa precisão facilita o planejamento terapêutico e otimiza os resultados para cada paciente.


Monitoramento da efetividade do tratamento


Além de serem essenciais no diagnóstico, os exames também
acompanham a evolução do tratamento, permitindo ao médico avaliar a eficácia das intervenções adotadas. Caso necessário, ajustes podem ser realizados para garantir a melhora contínua e a manutenção da saúde do paciente.


Restou alguma dúvida?


O que são exames de sono?

Exames de sono são avaliações que registram parâmetros fisiológicos durante o sono para identificar e diagnosticar distúrbios, como apneia do sono e insônia.


Quais são os exames do sono?

Os principais exames do sono são a polissonografia, realizada em laboratório, e a polissonografia domiciliar, feita na casa do paciente. Ambos avaliam parâmetros como respiração, atividade cerebral e frequência cardíaca durante o sono.


Quem deve fazer exames de sono?

Pessoas com sintomas como ronco intenso, apneia, insônia persistente, sonolência excessiva ou cansaço diurno devem procurar um especialista em sono para avaliação.


Como é feita a polissonografia?

Na polissonografia, diversos sensores registram dados como atividade cerebral, frequência cardíaca, fluxo respiratório e movimentos durante o sono.


Exames de sono são desconfortáveis?

Os equipamentos são projetados para causar o mínimo de desconforto possível. Na modalidade domiciliar, o exame é ainda mais confortável por ser feito em casa.


Quanto tempo leva um exame de sono?

O exame é realizado durante uma noite completa, com duração média de 6 a 8 horas, para garantir uma análise abrangente dos padrões de sono.


Exames de sono precisam de preparo prévio?

Sim, é recomendado evitar bebidas com cafeína e cochilos no dia do exame, além de informar o médico sobre medicamentos em uso.


É possível fazer polissonografia em crianças?

Sim, crianças com suspeita de apneia do sono ou distúrbios neurológicos relacionados ao sono também podem ser submetidas ao exame, com adaptações necessárias.


O exame de sono pode identificar o motivo de pesadelos frequentes?

Sim, os exames podem ajudar a detectar distúrbios como o transtorno comportamental do sono REM, que pode causar sonhos vívidos e pesadelos.


A privação de sono antes do exame pode influenciar o resultado?

Sim, noites mal dormidas antes do exame podem alterar os padrões avaliados, prejudicando o diagnóstico.


Otorrinolaringologia e Medicina do Sono | Dr. Alexandre Nakasato


Os exames de sono são ferramentas essenciais para identificar distúrbios do sono e guiar tratamentos eficazes. A escolha entre a polissonografia em laboratório e a domiciliar dependerá das necessidades individuais de cada paciente.
É sempre importante discutir as opções com um especialista em medicina do sono para garantir o melhor diagnóstico e acompanhamento.


O
Dr. Alexandre Nakasato é um renomado otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, com formação pela USP e vasta experiência em diagnósticos e tratamentos de condições como ronco, apneia, rinite, e sinusite. Com uma abordagem humanizada e foco em resultados, ele alia conhecimento técnico e inovação para proporcionar cuidados de excelência, sempre priorizando o bem-estar e a segurança de seus pacientes

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