Tratamento para apneia obstrutiva do sono: Conheça as opções
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado por pausas na respiração durante o sono, causadas pelo bloqueio das vias aéreas superiores. Essas interrupções podem ocorrer diversas vezes por noite, resultando em ronco alto, sono fragmentado e fadiga excessiva durante o dia. Se não tratada, a apneia pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão e outras complicações de saúde.
O tratamento para apneia obstrutiva do sono varia conforme a gravidade do caso e as características individuais de cada paciente. Neste artigo, você conhecerá as
principais abordagens terapêuticas e descobrirá qual pode ser a melhor opção para o seu caso. Continue a leitura!
O que é a apneia obstrutiva do sono?
A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio respiratório em que os músculos da garganta relaxam além do normal durante o sono,
reduzindo ou bloqueando o fluxo de ar
para os pulmões. Essa interrupção na respiração compromete a oxigenação do corpo e pode causar
microdespertares frequentes ao longo da noite, prejudicando a qualidade do sono e impactando diretamente a saúde e o bem-estar.
Principais sintomas da apneia obstrutiva do sono
Os sinais da apneia obstrutiva do sono podem variar em intensidade, mas alguns sintomas são bastante comuns e podem indicar a necessidade de avaliação médica:
- Ronco alto e constante, especialmente se for irregular ou interrompido por pausas na respiração.
- Momentos de sufocamento ou engasgo durante o sono, frequentemente percebidos por parceiros ou familiares.
- Sonolência excessiva ao longo do dia, mesmo após uma noite aparentemente completa de descanso.
- Dificuldade de concentração, esquecimentos frequentes e lapsos de memória.
- Boca seca e dores de cabeça matinais, resultantes da oxigenação inadequada e da respiração oral.
Se esses sintomas forem recorrentes,
é fundamental procurar um médico especialista
em apneia obstrutiva do sono para uma investigação detalhada e definição do melhor tratamento.
Como é feito o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono?
O diagnóstico da apneia obstrutiva do sono é baseado na avaliação clínica e em exames específicos que monitoram a respiração e a atividade corporal durante o sono. Os principais testes utilizados incluem:
Polissonografia completa: Realizada em laboratório, analisa diversos parâmetros, como respiração, oxigenação, batimentos cardíacos e atividade cerebral, identificando a presença e a gravidade da apneia.
Polissonografia domiciliar: Exame portátil que pode ser feito em casa, indicado para casos suspeitos de apneia.
Estudo do sono WatchPAT: Dispositivo compacto que avalia padrões respiratórios e cardíacos, oferecendo uma alternativa prática para o diagnóstico.
Nasofibrolaringoscopia: Exame que permite uma visualização detalhada das vias aéreas superiores, ajudando a identificar possíveis obstruções estruturais que contribuem para a apneia.
Com base nos resultados desses exames, o especialista poderá determinar o tratamento mais adequado, garantindo mais qualidade de vida ao paciente e prevenindo complicações associadas ao distúrbio.
Opções de tratamento para apneia obstrutiva do sono
O tratamento para apneia obstrutiva do sono é escolhido com base na
gravidade do quadro e nas características individuais
de cada paciente. Abaixo, conheça as opções disponíveis para corrigir essa condição.
Mudanças no estilo de vida
Para pacientes com apneia leve, algumas adaptações na rotina podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a respiração durante o sono:
Controle do peso: O acúmulo de gordura na
região do pescoço pode pressionar as vias aéreas e dificultar a passagem do ar. Perder peso pode aliviar a obstrução.
Evitar álcool e sedativos: Essas substâncias relaxam os músculos da garganta,
favorecendo o bloqueio das vias aéreas e piorando a apneia.
Ajustar a posição ao dormir: Dormir de lado, em vez de de barriga para cima, reduz as chances de colapso da garganta durante a noite.
Praticar atividades físicas:
Exercícios ajudam a fortalecer a musculatura respiratória e contribuem para uma respiração mais eficiente.
Essas mudanças podem ser suficientes para quadros leves e também complementam outros tratamentos, aumentando sua eficácia.
Terapia com CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas)
O CPAP é o tratamento padrão para pacientes com apneia do sono moderada a grave. O aparelho
mantém um fluxo contínuo de ar por meio de uma máscara, impedindo o fechamento das vias aéreas e garantindo uma respiração regular ao longo da noite.
Benefícios do CPAP:
- Redução imediata dos episódios de apneia
- Melhora na qualidade do sono e mais disposição durante o dia
- Diminuição do risco de complicações cardiovasculares
Estudos mostram que o uso contínuo do CPAP reduz a sonolência diurna em até 70% dos pacientes (J Clin Sleep Med, 2020). Embora a adaptação ao dispositivo possa levar algum tempo, seu uso regular é essencial para o sucesso do tratamento.
Dispositivos intraorais
Os dispositivos intraorais são uma alternativa para pacientes com apneia leve a moderada ou que não conseguem se adaptar ao CPAP. Desenvolvidos por dentistas especializados, esses aparelhos
ajustam a posição da mandíbula e da língua
para manter as vias aéreas desobstruídas durante o sono.
Além de serem menos invasivos, eles costumam ser mais confortáveis para alguns pacientes e ajudam a reduzir significativamente o ronco e os episódios de apneia. Para garantir a eficácia do tratamento, é fundamental que o dispositivo seja
ajustado corretamente por um profissional especializado em medicina do sono.
Fonoterapia (exercícios miofuncionais para ronco e apneia)
A fonoterapia, conduzida por fonoaudiólogos especializados, utiliza exercícios miofuncionais para fortalecer a musculatura da língua, garganta e face. Esse fortalecimento ajuda a reduzir o colapso das vias aéreas durante o sono, diminuindo a intensidade do ronco e a gravidade da apneia. É indicada principalmente para casos leves e moderados ou como complemento a outros tratamentos, podendo melhorar significativamente os resultados.
Cirurgias para apneia obstrutiva do sono
Quando a apneia do sono está associada a alterações anatômicas que dificultam a respiração, a cirurgia pode ser uma opção. Os principais procedimentos incluem:
- Uvulopalatofaringoplastia (UPPP): Remove o excesso de tecido na garganta para aumentar o espaço das vias aéreas.
- Avanço maxilomandibular: Movimenta a mandíbula para frente, ampliando a passagem de ar e reduzindo obstruções.
- Implante de estimulador do nervo hipoglosso: Dispositivo implantado para estimular os músculos da garganta e evitar o colapso das vias aéreas.
- Septoplastia e turbinoplastia: Cirurgias realizadas para corrigir desvios do septo nasal e reduzir o tamanho dos cornetos, melhorando a respiração nasal.
A decisão sobre a necessidade de cirurgia deve ser feita em conjunto com um otorrinolaringologista especializado, levando em consideração a estrutura anatômica do paciente e a resposta a outros tratamentos.
O tratamento para apneia obstrutiva do sono deve ser
individualizado e acompanhado por um especialista
para garantir a melhor abordagem para cada paciente, proporcionando melhora na respiração, no sono e na qualidade de vida.
Restou alguma dúvida?
Qual o tratamento adequado para apneia do sono?
O tratamento varia conforme a gravidade da apneia e pode incluir mudanças no estilo de vida, uso de CPAP, dispositivos intraorais ou cirurgia para corrigir obstruções nas vias respiratórias.
Como resolver apneia obstrutiva?
A apneia obstrutiva do sono pode ser controlada com CPAP, dispositivos intraorais, perda de peso, ajustes na posição ao dormir e, em alguns casos, cirurgia. O acompanhamento com um especialista é essencial para definir a melhor abordagem.
Dispositivos intraorais são eficazes para tratar a apneia obstrutiva do sono?
Sim, especialmente para casos leves a moderados. Esses dispositivos ajustam a posição da mandíbula e da língua para manter as vias aéreas abertas, reduzindo os episódios de apneia e melhorando a qualidade do sono.
Quando a cirurgia é indicada para tratar a apneia obstrutiva do sono?
A cirurgia pode ser indicada quando há obstruções anatômicas, como desvio de septo, amígdalas aumentadas ou outras alterações que dificultam a passagem do ar. O otorrinolaringologista avalia a necessidade do procedimento.
Mudanças no estilo de vida ajudam no tratamento da apneia obstrutiva do sono?
Sim. Perder peso, evitar álcool e sedativos, dormir de lado e praticar exercícios físicos ajudam a reduzir os sintomas da apneia e podem ser suficientes para casos leves.
O que acontece se a apneia obstrutiva do sono não for tratada?
A apneia não tratada pode aumentar o risco de hipertensão, doenças cardiovasculares, AVC, diabetes e sonolência diurna excessiva, que pode levar a acidentes e queda na qualidade de vida.
A apneia obstrutiva do sono pode ser curada?
Em alguns casos, sim. Se a apneia for causada por fatores como excesso de peso ou obstruções anatômicas e esses problemas forem resolvidos, os sintomas podem desaparecer. No entanto, muitos pacientes precisam de tratamento contínuo.
A apneia obstrutiva do sono piora com o tempo?
Sim, especialmente sem tratamento. O ganho de peso, o envelhecimento e a falta de cuidados adequados podem agravar o quadro, aumentando os riscos à saúde.
Qual médico procurar para tratar a apneia obstrutiva do sono?
O otorrinolaringologista é o especialista mais indicado para diagnosticar e tratar a apneia obstrutiva do sono. Em alguns casos, o médico do sono também pode atuar no acompanhamento e adaptação do tratamento.
Quem dorme sozinho pode saber se tem apneia do sono?
Sim. Aplicativos de monitoramento do sono, gravações de áudio e exames como a polissonografia domiciliar podem ajudar a identificar sinais de apneia mesmo sem um parceiro para observar.
Se minha apneia é leve, ainda preciso de tratamento?
Sim. Mesmo casos leves podem impactar a qualidade do sono e a saúde a longo prazo. O tratamento precoce evita a progressão da doença e melhora o bem-estar.
Otorrinolaringologia e Medicina do Sono | Dr. Alexandre Nakasato
O tratamento para apneia obstrutiva do sono pode envolver desde mudanças no estilo de vida até o uso de dispositivos respiratórios e procedimentos cirúrgicos, dependendo da gravidade do caso. O
diagnóstico precoce e o acompanhamento com um especialista são essenciais para evitar complicações e garantir uma melhor qualidade de vida.
Se você ou alguém próximo apresenta sinais de apneia do sono,
procure um médico especialista para avaliação. Você já conhecia todas essas opções de tratamento? Deixe seu comentário e compartilhe este artigo!
O
Dr. Alexandre Nakasato é um renomado
otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, com formação pela USP e vasta experiência em diagnósticos e tratamentos de condições como ronco, apneia, rinite, e sinusite. Com uma abordagem humanizada e foco em resultados, ele alia
conhecimento técnico e inovação para proporcionar cuidados de excelência, sempre priorizando o bem-estar e a segurança de seus pacientes
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